Segunda Semana da Mãe Atípica reforça a importância das politicas públicas na maternidade atípica
16 de maio de 2021A maternidade atípica será discutida por profissionais, representantes do poder público com as mães de pessoas com deficiência
Com a participação do deputado Cirone Deiró, autor da Lei 4.615/2019 que instituiu a Semana Estadual da Mãe Atípica, em Rondônia, foi realizada, de forma on line, na noite desse domingo, 16, a abertura da 2ª edição da Semana da Mãe Atípica. A Lei que criou a Semana da Mãe Atípica atendeu reivindicação do grupo Mães Coragem e Indesistíveis. A iniciativa busca conscientizar as autoridades e sociedade e contribuir com a construção de uma rede de apoio as mães de pessoas com deficiência. Estudos apontam que o diagnóstico de qualquer nível de deficiência dos filhos aumenta o nível de stress das mães, realidade que exige uma atenção e cuidado profissional voltado a maternidade atípica. O evento que nesse primeiro dia, teve a mediação do Fabiano Barros e da Klivia Meireles terá interprete de libras, fazendo a tradução de toda a programação que acontecerá, até o próximo sábado, nos canais do grupo Mães Coragem e Indesistíveis.
Durante a abertura do evento, o deputado Cirone Deiró lamentou o fato do evento estar sendo realizado pelo segundo ano, de forma on line, em razão da pandemia, mas enalteceu a determinação das mães em trazer essa discussão para a sociedade. Cirone Deiró que desde criança, acompanhou uma tia nos cuidados da filha com deficiência reconhece os desafios, e até mesmo os conflitos familiares que cercam a maternidade atípica. “Aprendi muito cedo que o cotidiano dessas mães é desafiador em todos os aspectos, pois precisam se dividir nos cuidados dos seus filhos com deficiência e seguir com as demais responsabilidades pessoais, profissionais e familiares”, afirmou.
Integrante do Movimento Mães Coragem Indesistíveis, além de mãe atípica, Imoni Lopes Marinho, disse que apesar da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência garantir o atendimento psicológico as mães ou cuidadores, na prática, ainda não foi feito nada para assegurar a essas mães o mínimo de cuidado e atenção, especialmente relacionado as questões emocionais. Segundo ela, a ausência de atenção e apoio para as mães e cuidadores de pessoas com deficiência tem dificultado o árduo trabalho dessas mulheres. “Além de conscientizar, a Semana da Mãe Atípica também busca desfazer mitos e conceitos equivocados a respeito da maternidade atípica. Uma visão distorcida que existe sobre a maternidade atípica é que somos guerreiras e heroínas. Na verdade, foi a sociedade que lançou sobre nós esses conceitos distorcidos, quando na realidade, somos mulheres iguais a qualquer outra, temos nossos medos e fragilidades”, advertiu, ao lembrar que as mães atípicas estão excluídas das políticas públicas.
O evento ainda teve a participação da atriz, escritora, diretora artística e pedagógica que tem diagnostico de Transtorno do Espectro do Autismo-TEA, nível um, a carioca, Fátima Montenegro, para quem os profissionais de saúde precisam ser preparados para atender as mães atípicas, tanto no que diz respeito ao bem estar físico, quanto emocional. Ela defendeu que a informação é a grande chance de ajudar a humanidade. “Associado a informação, temos a força da arte e da educação. Essa é uma jornada de muito aprendizado, que exige muito amor, não apenas das mães, mas de todos. Estamos em processo de aprendizagem, por isso, as questões relacionadas as mães atípicas devem ser discutidas ainda nas escolas, porque está relacionada ao bem estar e desenvolvimento humano”, concluiu.
Para a jornalista, presidente fundadora da Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Vilhena – AMAVI, mãe de dois meninos no TEA, Karina Andrade, a Semana da Mãe Atípica veio para colocar na pauta os desafios enfrentados pelas mães que muitas vezes se pegam sozinhas diante do desafio de cuidar dos filhos com deficiência. “Inicialmente, a Semana da Mãe Atípica está servindo como referência para as mães se conectarem e a sociedade tomar conhecimento sobre o alto grau de exigência a que está submetido uma mãe atípica. Mas, queremos sensibilizar o poder público sobre a necessidade de políticas públicas voltadas a essas mães”, concluiu.
Conheça a Programação da Semana da Mãe Atípica
17/05/2021 Live - Tema: O que é a maternidade atípica? Conceito, Sabores e Desafios
Horário: 20:00 horas
CONVIDADAS:
Daniela Laubenstein – Pedagoga de Educação Especial, Pós-Graduada em ABA e TEA;
Kelly Cristina Melo – Professora do ensino básico e superior, formadora de professores e doutora em Geografia. Mãe da Luísa de 08 anos e do Gael de 01 e que tem T21. Pesquisadora dos temas relacionados a neurociência e educação, inclusão, direito das pessoas com deficiência e capacitismo. Embaixadora do Instituto Lagarta Vira Pupa.
Mediador: Fabiano Barros
18/05- terça-feira- Roda de Conversa: Os Desafios e Conquistas da Maternidade Atípica
Horário: 20:00 horas
CONVIDADAS ESPECIAIS MÃES ATÍPICAS:
Cheila de Carvalho – Graduada em Ciências Biológicas e Administração e Fundadora da Associação de Cannabis Medicinal de Rondônia (ACAMERO). Mãe do Ian Luigi, 14 anos, acometido pela Síndrome Complexo Esclerose Tuberosa, Deficiente Intelectual, Autista e epiléptico;
Edilza Alves – Mãe do João Victor Slves, Co-Fundadora do Movimento Mães Coragem Indesistíveis;
Flaviana Tertuliana – Mãe de 3 filhos, sendo 2 com deficiência, Assistente Social e Fundadora do Movimento Mães Coragem Indesistíveis;
Heline Braga - Policial Militar, mãe do Iuri de 1 ano e 4 meses, que está em processo de investigação do TEA;
Joseandra Reis Mercado – Mãe da Alícia que é autista, Advogada e Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/RO
Letícia Vargas - Avó atípica, Líder do Movimento Mães Coragem Indesistíveis em Ariquemes/RO e Representante Estadual do Projeto Lazer, Inclusão e Acessibilidade (LIA) em Rondônia;
Marlúcia Ferreira – Mãe atípica, Bacharel em Direito, pós graduada em Direito Processual Civil e Direito da Família;
Rejany Corrêa – Avó atípica e Co-Fundadora do Movimento Mães Coragem Indesistíveis.
Mediadoras: Fernanda Moreira e Muriely Moitinho
19/05/2021- Quarta-feira - Live - Tema: A Saúde Mental da Mãe Atípica
Horário: 20:00 horas
CONVIDADAS:
Rosana Nunes – Psicóloga, Equoterapeuta, Psicopedagoga, Terapeuta em formação na Visão MovApre;
Silvia Thomás – Psicopedagoga especialista em autismo; formada pela UNIPEC em Pedagogia com Habilitação em Orientação Educacional; Pós-Graduada em Gestão Escolar, Atendimento Educacional Especializado e Libras; Coordenadora de projetos da AMA/RO e formadora em Autismo pela SEDUC.
Mediador: Fabiano Barros
20/05/2021-Quinta-feira, Roda de Conversa: Políticas Públicas Relacionadas às Mães Atípicas
Horário: 20:00 horas
CONVIDADAS:
Liana Silva de Almeida Lima - Secretária Adjunta - Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social – SEAS
Ieda Chaves – Primeira dama do Município de Porto Velho/RO
Joseandra Reis Mercado – Mãe Atípica, Advogada e Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/RO
Flaviana Tertuliana – Mãe Atípica, Assistente Social e Fundadora do Movimento Mães Coragem Indesistíveis
Mediadores: Fabiano Barros e Klivia Meireles
21/05/2021- Sexta-feira, Webnário: O Autocuidado da Mãe Atípica
Horário: 18:00 horas
CONVIDADA ESPECIAL:
Mariana Bonnás – Psicóloga Perinatal, atua com mães Mães Atípicas, Palestrante e Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental
Mediador: Fabiano Barros
22/05/2021- Sábado- Webnário: Por que é importante que o psicólogo esteja preparado para atender as mães atípicas?
Horário: 18:00 horas
CONVIDADAS:
Mariana Bonnás – Psicóloga Perinatal, atua com mães Mães Atípicas, Palestrante e Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental
Flaviana Tertuliana – Mãe Atípica, Assistente Social e Fundadora do Movimento Mães Coragem Indesistíveis.
Mediadora: Klivia Meireles
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