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Modelo de cafeicultura sustentável dos povos indígenas deve ser ampliado

17 de setembro de 2019

“A garantia da empresa Três Corações de comprar 100% da produção dos vencedores do concurso Tribos motivou os cafeicultores indígenas a realizar a colheita seletiva apenas dos grãos maduros e a secagem a sombra”, 

“O sucesso da primeira edição do concurso Tribos realizado pela empresa Três Corações em parceria com os povos indígenas da terra indígena Sete de Setembro, no município de Cacoal e terra indígena Rio Branco, de Alta Floresta, coloca em evidência um dos mais bem sucedidos modelos de desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental que será referência mundial”, afirmou o presidente da comissão de agricultura da Assembleia, deputado Cirone Deiró, ao final do evento realizado em  12 de setembro de 2019, em Cacoal, para premiação do café de melhor qualidade produzidos nas comunidades indígenas.

De acordo com o deputado, o cultivo de café pelos povos indígenas demonstra que essas comunidades tem adotado técnicas para consorciar a preservação da floresta com a agricultura sustentável. “Com apoio e parceria da Embrapa, Emater, Seagri e prefeitura de Cacoal, as lideranças indígenas tem perseverado nessa caminhada da produção sustentável. Os resultados estão sendo surpreendentes”, afirmou.

Na avaliação do deputado Cirone, a garantia da empresa Três Corações de comprar 100% da produção das comunidades indígenas participantes do concurso Tribos despertou nos produtores indígenas o interesse em agregar valor a produção por meio da colheita seletiva apenas dos grãos maduros e a secagem a sombra. “Queremos que esse modelo de produção de excelência seja ampliado na cafeicultura rondoniense”, disse.

Premiação

O primeiro lugar ficou com o cafeicultor, Yami- Xãrah Suruí de Cacoal, que atingiu a pontuação 89,63 pontos e levou a premiação de R$ 25 mil, além de vender toda a produção para a empresa Três Corações pelo valor de R$ 3 mil reais a saca.

O segundo melhor café foi produzido pelo cafeicultor Valcemir Canoé da Aldeia São Luiz, localizada na terra indígena, Rio Branco. Ele recebeu uma premiação de R$ 15 mil, além da comercialização de 100% da safra pelo valor de R$ 2 mil a saca. O terceiro lugar foi um café fino cultivado pelo cafeicultor, Erivelton Mopimoy Surui, na aldeia da Terra Indígena Sete de Setembro e a Três Corações vai pagar R$ 1 mil por cada saca e R$10 mil de premiação. Os cafeicultores classificados no quarto e qu lugar receberam R$ 5 mil cada de premiação.

Segundo o presidente da empresa Três Corações, Pedro Lima, ao longo dos 60 anos de história a empresa tem buscado parcerias genuínas e duradouras. “Este é um projeto que caminha neste sentido e além disso traz ousadia e inovação na criação de oportunidades. Estamos construindo o projeto Tribos com responsabilidade e cuidado em cada atitude, sempre visando os pilares ambientes, sociais e econômicos para a produção de cafés de qualidade, assegurando ao índio o protagonismo deste processo, e garantindo a proteção da floresta”, finalizou.

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